tag:blogger.com,1999:blog-77136746945268391112024-03-05T08:42:42.169-08:00HexenheimUnknownnoreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-35117950470864122832014-07-15T19:38:00.000-07:002014-07-15T19:38:58.113-07:00Heide, Deusa Bruxa do Norte<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">A Noite caiu. A sombra cobre como um véu os campos que conhecemos e esconde de nossos olhos as familiares características da cidade à nossa volta. Na escuridão, tudo é como era há mil anos atrás. O mundo está silencioso, descansando depois do dia de trabalho. Em todo lugar, as pessoas procuram seus leitos; longe um lobo uiva e cachorros latem em resposta, perto, alguém bate a porta.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Esse vilarejo parece dormir, mas você espera pela hora secreta, a hora do silêncio. Você trancou sua porta e fechou as cortinas de suas janelas; pessoas morreram pelo que você está prestes a fazer, por esses você se posicionou confortavelmente e fechou seus olhos, você não está dormindo, esta noite você tem uma viagem a fazer...</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">O perfume de ervas sagradas é acre e pungente; sua respiração profunda, deixando a calma do ambiente preencher sua alma dentro... e fora... dentro... e fora... Você relaxa, seus membros crescem pesadamente, pressionando você contra a cadeira. Você não pode mover as pernas, seus braços estão frouxos, seus dedos encolhidos; seu peito e abdômen descem e sobem como sua respiração, e todas as suas tenções gentilmente te deixam. Sua respiração profunda, desenhando-se em paz, levando a preocupação dentro... e fora... dentro... e fora...</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Agora você está flutuando... Um rosto aparece em sua memória uma velha mulher que vêm às vezes para o vilarejo, consultando as runas em troca de um lugar para dormir e um pedaço de pão. Mais uma vez você ouve sua mensagem.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">O tempo chegou. Você foi conjurado para o topo da montanha. Esta noite a Senhora está aqui...</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Excitação formiga em suas veias; medo tremula em seu abdômen; você precisa vê-lA, mas o que acontecerá se você for? Chame agora do Outro Mundo seu aliado, seu familiar, sua fera amiga que vai ajudá-lo a fazer sua jornada. Silenciosamente repita as palavras do encantamento:</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Na forma de meu aliado eu vou</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">com cuidado e trabalho, como eu sei,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">E eu vou em nome da Senhora,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo antes que eu volte pra casa de novo.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">A mudança toma você, e na forma de uma besta ou cavalgando, você está fora na escuridão lá fora! Ah, a liberdade, o prazer dessa cavalgada selvagem pelo céu noturno! Tudo que você conhece é deixado pra trás. Não existem pontos de referência aqui, só o movimento, e outros cavaleiros perto de você, conhecidos e estranhos, vindo, como você, para responder o chamado... </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Mas agora você se encontra descendo longe das habitações humanas só um ponto de luz se mostra da selvageria da charneca e montanha.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">No mais alto pico, um fogo está ardendo, ele tremula escondido pelo entrelaçado de umas árvores. Vultos escuros movem em torno dele; conforme você avança mais para baixo pode ouvir a suave doçura de um violino, o suave bater de coração de um tambor. Pendurado sobre o fogo está um caldeirão; o cheiro das ervas fervendo ali dentro está começando a se misturar com a fumaça no ar.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Você está atrasado. Lamentam os outros você os conhece pelas suas irmãs, que você só encontra aqui. Já é meia-noite!</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Você dispensa seu cavalo e se distancia para pegar a mão que lhe é oferecida. Viola e tambor vibram aumentando o tom e reforçando o vigor, e você começa a dançar. Circulando e circulando o caldeirão você vai, cantando, encantando. Faíscas saltam sobre o fogo e dançam uma dança torta com as estrelas.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">E agora, você sente que outra pessoa lidera a dança uma velha mulher, mas mais vivamente que todos vocês, pernas finas batendo a terra como sua saia escura voa. Seu cabelo grisalho tremula ao vento, voando sobre seu rosto; um momento ela parece antiga, e no seguinte ela ri como uma garota. A dança roda até onde você agüenta, e nesse momento a música pára.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #073763; font-family: Verdana, sans-serif;">Você balança, e vê que a velha mulher está ereta e direita, e seus olhos se tornaram poços de mistério. Seu coração pára um pouco, ou talvez bata por alegria. Para que você saiba que Ela está aqui, e é hora da mágica começar..."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nas terras onde as línguas germânicas são faladas hoje, existiam bruxas anteriores aos inquisidores que escreveram suas fantasias satânicas, gerando encantos e dançando em topos de montanhas. Mulheres sagradas e bruxas, elas eram herdeiras de uma antiga tradição, e o nome dado a essa deusa que encorpou esta magia era Heide, bruxa e sábia mulher do norte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A deusa que sobreviveu no imaginário popular como a bruxa dos contos de fadas germânicas tem uma história venerável. Os comentários de Tacitus sobre a posição da mulher entre as tribos germânicas foram citados extensamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Eles ainda supõem algo de santidade e premunição iminentes no sexo feminino; e também não dispensam seus conselhos, não desrespeitam suas respostas. Assim o vimos, no reino dos Vespasianos, Veleda, longamente reverenciada por muitos como uma deusa."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Germania</i></b>: 8</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entre as tribos, a sacralidade da mulher tinha um papel crucial, e depois da conversão ao cristianismo isso se desgastou, a crença no poder feminino de alcançar a sabedoria ctônica ficou retida na figura da Völva que Odin foi buscar em busca do conhecimento de seu destino.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas há poucos poderes no mundo que não podem ser usados para fazer o mau, e aqueles que têm o grande poder de curar ou ajudar são os mais suspeitos de fazer o mau. O grau em que as mulheres têm sido admiradas tem a mesma medida da hostilidade que inspiram, especialmente quando seu poder social decresceu, desde que uma cultura tipicamente teme o que foi suprimido e atribui a iss poderes mágicos. Como Grimm diz:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"As bruxas são da linhagem das deusas antigas, aquelas que proferiram de seus tronos, transformadas de preciosas adoradas em malignas e temidas, vagam sem dormir durante a noite, e no lugar de seu uma vez majestoso progresso pode apenas se manter escondida proibida de conferências com seus adeptos."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Teutonic Mythology</i></b>, p. 1055</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Felizmente, na Escandinávia a tradição pagã degenerou mais devagar, e nos deixou com material suficiente para formar uma imagem da deusa que deu às bruxas do Norte o seu nome.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Heide primeiro aparece na <i><b>Voluspá</b></i> na stanza seguida à descrição de Gullveig. As duas são vistas como um aspecto de Freyja, já que nesta passagem a deusa aparentemente veio ao hall de Odin como uma espiã ou emissária dos Vanir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Eu me lembro da primeira grande guerra no mundo,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">quando sedentes por ouro eles afiaram suas lanças,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">e no hall de Hár eles a queimaram;</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Três vezes a queimaram e três vezes ela renasceu </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">muitas vezes, não poucas mas ela ainda vive."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Voluspá</i></b>: 21</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como Odin no hall do rei Geirrod, o fogo não a pode ferir. Se ela veio como espiã, talvez os Aesir tivessem motivo para tormentá-la. Mas se ela veio como emissária, não há dúvidas de que o tratamento que lhe ofereçam, ou provocou, ou acabou intensificando a guerra. Mas também, sua sobrevivência ao pior que eles poderiam fazer sem dúvida contribuiu para a conclusão que um tratado com os Vanir seria mais produtivo que continuar a guerra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A deusa-bruxa em seu aspecto de Gullveig (Loucura dourada, ou talvez a extasiada dourada) é a primeira face que vemos dela. Alguns acadêmicos tentaram dar ao nome uma implicação econômica, mas eu penso que nesse caso ouro é mais relacionado ao brilho ou talvez à função dos Vanir como deuses da prosperidade. O que é importante aqui, afinal, é o fato que essa deusa é tão poderosa que é uma ameaça certamente ela é tão poderosa que nem mesmo os grandes Aesir não puderam destruí-la.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A imagem que ficou conosco é a radiante figura saindo das chamas, rindo da estupidez dos homens que pensaram que seu poder e sabedoria poderia ser destruído. Assim como, ela é uma poderosa modelo e fonte de força quando nós saímos da vassoura e afirmamos nosso direito de praticar a magia antiga e adoração como desejamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tanto a mulher sábia que vagueia como a mulher mágica que é capturada e queimada fazem parte do arquétipo da bruxa. Na próxima stanza, suas atividades mágicas são resumidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Heide a nomearam quando à casa dos homens ela vem</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">vidente Völva, sábia em gand [magia],</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">muito seidh ela soube, seidh para amarrar mentes,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sempre se alegrando com mulheres más."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Voluspá</i></b>: 22</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Heide é o nome de Gullveig (ou Freyja, se elas são a mesma) é chamada quando ela vagueia pelo mundo encantando e profetizando. Esse nome também pode ser usado como um termo genérico para mulheres que praticam magia. Na versão <b><i>Shorter Seeress Prophecy</i></b> nós aprendemos que<b><i> Heidhr ok Hrossdhjófr Hrimnis kindar</i></b> (Heide e Ladrão-de-cavalos (são) do clã de Hrimnir). Aqui o nome Heidi é normalmente traduzido como bruxa pelos tradutores. Hrimnir é um dos gigantes. O significado dessa passagem é provavelmente que bruxas e ladrões de cavalos, ambos que agem contra a lei da comunidade, são do clã dos gigantes. Que são poderes que regem a selvageria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em outro lugar Heide aparece como o próprio nome de muitas mulheres praticantes de magia. Elas, e essas mulheres que elas trabalhavam para, sendo ou não mesmo malvadas presumidamente dependendo dos propósitos de sua magia, ou talvez e suas atitudes através da magia em geral. A Völva que profetiza para o rei Frodi em <i><b>Hrolfs Saga Kraka</b></i> é chamads Heith. Em <i><b>Frithiofs Saga</b></i>, uma das seidhkonas que lançaram a tempestade contra Frithiof é chamada Heide. O nome de sua irmã, Hamglam, é possivelmente relacionado com <i><b>hamhlypunni </b></i>(que pode trocar de corpo), desde que as duas viajam fora de seus corpos para trabalhar com magia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A imagem de uma mulher velha vigorosa, ou a velha que vive nas margens da sociedade, é melhor expressada por Heide. As deusas (como os deuses) são polimórficos, e podem aparecer na forma que a ocasião pedir. Isso inclui certas idades. Uma deusa, quando arrume a regência usual tomada de uma mulher de uma dada idade na cultura, irá provavelmente aparecer naquela idade. Sem dúvida o trabalho com magia é associado a mulheres velhas na tradição germânica porque toma tempo se tornar mestra no lore, e também porque mulheres jovens estão ocupadas demais com cuidar da casa e das crianças. Nas sagas, mulheres que trabalham magia são invariavelmente maturas, se não de idade avançada. Elas devem ser sexualmente ativas, e até, suas crianças já cresceram. Elas tomam amantes como bem entendem, não por procriação. Numa cultura sem meios de contra-concepção, só uma mulher além da menopausa pode fazer isso livremente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dada a tendência nórdica de incorporar kennings em nomes próprios (por exemplo Asa-Tyr para Odin), e usar termos descritivos como nomes próprios (FreyR = senhor), tentar identificar o real nome da deusa-bruxa é provavelmente sem sentido. Talvez seja mais útil considerar o que o nome, ou descrição, Heide nos diz sobre a deusa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em Old Norse a palavra <i><b>Heidh </b></i>tem dois prinicpais significados, ou talvez tenha duas palavras que se desenvolveram na mesma forma. A primeira se referem ao brilho do céu, à radiância dos céus. Como um nome divino, isto deve derivar da tendência indo-européia de definir os deuses como sendo brilhantes. O segundo, como no alemão heide, significa uma charneca, e esta é a raiz da palavra pagão. A charneca é o selvagem fora da vida urbana, onde o seidhman ou a seidhkona, e depois qualquer um, que queira seguir o antigo caminho, se retira para trabalhar sua magia. Um terceiro significado se refere a honorários, algo com valor, ou honra. O termo era usado como elemento de nome (deixando o h como sufixo), como em Heidhrun, o nome da cabra que viaja na Yggdrasil e que o leite é o néctar que nutre os heróis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O estereótipo da bruxa com seu caldeirão, transmitido via as Três Bruxas de Shakespeare, ainda está conosco, e esta é certamente uma das maiores imagens de Heide. O caldeirão como um símbolo particularmente significante tanto para celtas como germanos do norte da Europa, onde há combustível e comida suficiente para cozinhar em caldeirões realmente grandes. No período heróico, a maioria da comida era cortada e mergulhada em vez de ser assada (a carne podia também ser cozida colocadas em estacas se um caldeirão não fosse disponível). Uma possível etimologia para <i><b>seidh </b></i>é relacionada com a raiz de <i><b>seethe </b></i> mergulhar coisas num caldeirão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um dos sagrados usos do caldeirão era certamente cozinhar carne de animais oferecidos aos deuses em grandes festivais. Depois de o animal ser honrado e dedicado com preces e abatido no ritual, a cabeça e pele serem presa numa árvore para o deus, e a carne distribuída entre as pessoas uma prática ao menos humana, e consideravelmente com menos desperdício que modernas fábricas açougueiras. Pequenas partes da carne, em pequenos caldeirões podem ser preparadas para trabalhos mágicos individuais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De qualquer forma a forma mais comum do uso do caldeirão na magia feminina é na mistura de ervas colhidas por suas propriedades medicinais ou simbólicas para a cura ou feitiços. Em muitas culturas, o processo da preparação da poção em si é um ritual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Encantamentos e afirmações são cantadas sobre o preparo é misturado. Entre os Azande, por exemplo, consumir algumas ervas com preparo especial é o que transforma um indivíduo normal num xamã. Quando a cultura permite, a maioria da magia pode ser trabalhada no domínio feminino do lar ou da cozinha. Os mais poderosos continuam sendo os encantos feitos sobre caldeirões no ambiente natural, nas áreas onde os limites do homem estão entre os mundos. Em princípio, qualquer pote onde se junte ervas ou comida é cozida é um caldeirão, e você pode chamar a magia de Heide sobre ele para encantá-lo, sussurrando seu intento no vapor conforme você mexe. Como muitas magias femininas, isso não requere nenhuma roupa ou ferramentas mágicas especiais. Qualquer um com acesso a um fogão pode aprender esse aspecto da sabedoria de Heide.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma terceira face desta deusa é aquela da vidente. De acordo com os acadêmico, na <i><b>Voluspá</b></i>, esta misteriosa deusa feiticeira é a própria Heide, a quem Odin viajou até Hel e compeliu a profetizar. No poema ela é referida apenas como a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, um termo que pode ser trocado por seidhkona (uma mulher que pratica magia seidh, sobre isso teremos mais a dizer ), mas há a conotação da idade e da sabedoria. É interessante comparar o tom dos diálogos entre ela e Odin com a competição de charadas quando ele confronta figuras masculinas como Vafthruthnir. É a mulher sábia que o prove com a doutrina cósmica, com o conhecimento de como o mundo começou e como vai terminar:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Ouça me bem, seres abençoados,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">os menores e os maiores das crianças de Heimdall,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">seu murchar, Valfather, que eu vou colocar à frente</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">o destino do mundo que eu primeiro possa recordar."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Voluspá</i></b>: 1-2</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em <i><b>Baldrsdraumar</b></i>, Odin procura uma figura similar para interpretar os sonhos ruins de seu filho. A </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">herdou os talentos e o prestígio de antigas videntes germânicas como Veleda e Alirun. É nessa tradição que Wagner se inspirou para criar Erda, a Vala. O diálogo final entre Wotan e Erda em <b><i>Siegfried </i></b>é baseado no diálogo Éddico entre Odin e a Völva.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquela vidente não é simplesmente uma figura sobrenatural, e isso se vê na passagem que descreve a visita da </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Thorbjörg às terras de Thorkell na Groenlândia (<b><i>Saga de Erik, o Vermelho</i></b>: 3). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela é dita como sendo sobrevivente de uma companhia de nove princesas, claramente uma mulher de idade e autoridade, mesmo com sua tradição morrendo. No conto de Arrow Odd, uma </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">chamada Heith viaja para festas acompanhada de quinze jovens e quinze donzelas para entoar encantamentos. Em <i><b>Landnamabók</b></i>, outra Völva, também chamada Heith, profetiza boa fortuna. Não é claro qual a idade de todas essas mulheres, mas certamente elas são experientes, maduras e respeitadas em suas comunidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nas sagas depois da conversão ao Cristianismo, a spae-wife solitária permanece como personagem, mas ela se tornou mais furtiva e mais chamada para magias destrutivas. Em <i><b>Viga-Glums Saga</b></i>, uma vidente andarilha chamada Oddbjorg visita uma fazenda e vê sortes. No capítulo 13 da <b><i>Ynglinga Saga</i></b>, é dito como Huld, a seidhkóna, é chamada por Drifu para colocar um pesadelo noturno no marido que a abandonou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então como uma deusa desconhecida e vista como uma bruxa a quem atribuíram poderes divinos, esses tipos de magia são associados a Heide e caem na classificação de seidh, diferente de galdor que é mais baseado em palavras, runas e em conhecimento formal que na alteração de consciência e aumento de poder (mesmo que encantos e runas sejam usados às vezes na magia seidh, e com certeza energia é depositada por magos para aumentar o poder de encantamentos). A palavra pode ser dita seidh, o -<i>dh </i>final é lido como o -<i>th </i>em <i>the</i>, do inglês.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos dizem que atividades referidas como seidh no Old Norse são habilidade que poderíamos chamar de shamanismo mudança de forma, viagens espirituais, trabalhos com espíritos e profecias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com a tradição foi Freyja (ou Heide, se a considerarmos como sua forma velha) que ensinou as artes do seidh aos Aesir, e ao maior entre eles, Odin, que já era origem e mestre do galdr. Toda descrição da prática do seidh é referida a ele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Odin tem a habilidade que lhe dá grande poder e que ele praticou. É chamado seidh, e isso significa que ele pode saber do destino dos homens ou predizer eventos que ainda não aconteceram; e por isso ele pode inspirar loucura nos homens, ou perda da alma e levar a saúde à mingua, ou ainda tomar a sorte e o poder de um homem e dá-lo a outros. Mas esse tipo de magia é considerada ergi que é pouco digna para homens, vergonhosa para quem a pratica, e deveria ser feita por sacerdotisas..."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Odin pode mudar a si mesmo. Seu corpo descansa como se dormindo ou morto, mas ele se torna um pássaro ou uma fera selvagem, um peixe ou um dragão, e faz sua jornada num piscar de olhos para muito longe em outras terras, em suas próprias viagens errantes ou aquelas para outros homens. Também, com algumas palavras ele pode extinguir o fogo, acalmar o mar, e tornar os ventos na direção que ele quiser."</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>Ynglingasaga</i></b>: VII</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse termo, <b><i>ergi</i></b>, precisa de uma explicação. Ele é usado em duas situações, em passagens que tratam de magia e (entre homens) como uma ofensa sexual. Seu significado implica com uma receptividade sexual, ou desejo disso. Não é claro se o termo com significado sexual se tornou metáfora no religioso ou o religioso foi degradado. Nos dois casos indica uma pessoa que deseja deixar o controle, e permitir ser usada por outro ou outra, ou ser possuída por uma força maior. Isso, com certeza, é um pré-requisito para entrar nesse tipo de transe extasiante e consciência alterada necessárias para prática do seidh.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitas das práticas que são associadas com seidh são aquelas que em outras culturas podem ser chamadas de shamanismo. Existem muitas referências a mudanças de forma na antiga literatura nórdica, tanto para mulheres como homens. Na maioria dos casos a transformação parece acontecer enquanto a bruxa está em transe, e quando seu espírito, ou corpo astral, muda de forma e sai numa jornada. Existem também referências a animais totens que podem ser espíritos que ajudam na forma de um animal. Muitos dos deuses nórdicos são associados com animais específico. Freyja, por exemplo, pode tomar a forma de um falcão e andar numa carruagem puxada por gatos. Nenhum animal é associado a Heide, mas eu sempre a associei com um corvo fêmea, um pássaro famosos por sua sabedoria. Talvez o corvo de Heide seja mãe de Hugin e Munin.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Das habilidades descritas acima, as mais associadas com Heide são a divina e mortal figura da profecia. Talvez a mais completa descrição que temos de qualquer ritual nórdico é o ritual seidh numa fazenda da Groelândia nos tempos de Eirik, o Vermelho (séc. X). Os ornamentos da Völva são remanescentes de trajes shamãnicos um casaco ornamentado com pedras, chapéu, luvas, sapatos, e um saco de encantamentos de pele de animal, e uma cajado ornamentado com jóias e gravações. Em muitas tradições shamânicas o set inclui uma franja ou um véu para esconder a face da bruxa, e a profetiza venda em seu Alto Trono é uma imagem de Heide.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na saga, o procedimento do seidh envolve sentar numa alta plataforma enquanto um canto aos espíritos é feito, e com assistência, se entra num estado de transe em que ela é capaz de responder perguntas e profetizar. Nas Eddas, Odin vai a Hel para acordar a Völva de ser sono no túmulo. Ele então faz suas questões sobre a história e o destino do mundo. A suposição é que a informação da vidente vem dos mortos, ou até que ela precise estar entre a vida e morte para ganhar acesso a ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É importante notar que a palavra inglesa para o lugar cristão de sofrimento eterno vem do antigo germânico, Hel, que na crença nórdica não é um lugar desagradável (apenas em textos mais recentes foi incluído um lugar para aqueles que fazem maldades). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Geralmente, é mais parecido com o Outro Mundo celta, ou os Campos Elísios, verde mesmo quando é inverno no mundo, com salões de festa. É o reino dos ancestrais, na crença de muitas culturas dá acesso a grande sabedoria e ajuda para ajudar seus descendentes, um lugar de descanso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em Hrafnar (o círculo nórdico onde eu trabalho), nós reconstruímos o procedimento do seidh. Nosso procedimento envolve uma jornada ao mundo inferior, e sem dúvida, o estado de transe que leva a uma sensação profunda e tranqüila.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto como vemos o seidh como profético ou divinatório, ou como fascinação e utilizado, não é a única área em que a ajuda de Heide pode ser procurada. Como a </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">vendada, ela ensina sabedoria das profundezas. Como a bruxa arquétipa, ela é a chave para recuperar a magia tradicional feminina no norte da Europa. Como Gullveig ela é o espírito da Bruxa que sobreviveu à era das caça às bruxas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como podemos aprender a trabalhar com Heide hoje? O esboço que segue é baseado no ritual tradicional desenvolvido por Hrafnar e pode ser ajustado como necessário para trabalho individuais ou em grupos. Qualquer figura (atrativa) de uma bruxa pode ser usada como imagem da deusa, ou você pode copiar a ilustração deste artigo . Uma peça de linho natural ou um algodão negro é apropriado para o pano do altar. Use uma vela votiva, branca ou cor de âmbar. Eu uso uma miniatura de caldeirão num pires numa posição que ilumine a imagem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um Ritual a Heide</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Purificação</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Sagradas ervas dispensem o mal</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como combustível no fogo,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como fumaça no vento."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(use um incenso de ervas ou aroma florestal e ventile sobre todos os participantes, se possível com uma pena de corvo!)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Por esta água da sagrada fonte,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">possa(m) meu(nossos) espíritos brilharem </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">como a casca de Yggdrasil..."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(esborrife-se com água temperada com uma pitada de sal)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Limites</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"No sentido do sol eu trilho o caminho das maravilhas,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com o cajado sagrado os mundos eu quebro,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como ando o círculo rodeado</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por inspiração e desejo seja ele limitado."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(conjure o círculo com uma varinha que voê mesmo cortou, ou com uma vassoura)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Equilibrando</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Nordhri e Sudhri, Austri e Vestri</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Do centro nós chamamos,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Observadores do mundo, agora nos proteja do indesejado</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Konntu heill ok sæll ("kon-too haik ok sait")"</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(Os nórdicos não tem um sistema elemental/direcional como algumas outras tradições mas eles identificam os quatro anões com os quatro cantos do mundo. Olhe para cada direção para honrá-los. A frase final em Old Norse significa "Hail e seja bem-vindo.")</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Agora aos poderes primordiais deixamos nossa prece,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Espíritos da terra e do mar nós chamamos,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">todos aqueles que conhecemos os nomes, e aquele que não sabemos;</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Landvaettir, nackar, vind-alfar, ouçam</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Proteja-nos enquanto caminhamos pelos mundos.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Konntu heill ok sæll"</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(Quando fazemos o transe em particular, nós nos movemos fora dos limites humanos, e é polido pedir ajuda aos elementais.)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Invocação</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(Acenda a vela em frente à imagem e abençoe-a com a runa H, hagalaz ou hail, a runa da transformação)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Heide, os pagãos aqui a saúdam</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Como Gullveig você estava profundamente ferida pelas lanças dos deuses,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Radiante, três vezes queimada e três vezes renascida.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da mais profunda noite possa seu conhecimento acordar.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Abençoe-nos e esteja conosco.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Heide, Heide, brilhando na sombra,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Palavra de Luz cantada pelas trevas,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais sábia das mulheres, com o grande poder da magia,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sagrada bruxa, do campo venha aqui,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Völva, Velada, doadora das Visões,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No fundo de nossa escuridão possa sua arte aguardar,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Preencha-me e enche-nos agora!"</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Encantamento</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Entre os mundos, os véus se afinam,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mulher de sabedoria este caminho deseja,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vento noturno cavalga, agora se aproxima,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Heide, venha-nos agora."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meditação</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Use a passagem que começa aqui como um guia. Se você está trabalhando sozinho, você pode querer gravar isto numa fita e ouvir agora. Deixe um espaço de 5 a 10 minutos no fim para dar espaço a visão da continuação. Peça a deusa o que você precisa saber. A conversa pode sugerir mais trabalhos rituais, ou você pode repetir esta meditação depois. Então retrace seus passos desça a montanha e volte ao vilarejo, sua própria cama, e dentro de seu corpo de novo. Depois disso, se você quiser, leia o que segue.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Para nós fala a Deusa Heide a Sagrada, a Sábia </span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu sou a Sabedoria profunda que espera na escuridão.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os segredos das sombras, que todos vocês têm esquecido,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que todos os homens suprimiram e esconderam da luz do dia.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os segredos do útero e da tumba são meus,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu estou no lugar secreto de suas almas, onde nenhum homem pode ver.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como eu era a Noite antes de vocês serem criados,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu sou a Luz que brilhará a vocês no fim.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu espero como uma semente dentro da terra, como o ovo no útero,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">como o espírito no corpo.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu sou a matriz de toda sua mágica.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para trabalhar seu caminho pelo mundo, vocês precisam trabalhar comigo.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu sou tudo o que é, o que foi, e o que será,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">e não há homem que tenha tirado o meu Véu."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dividindo as Bênçãos</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Esta bebida eu preparo de ervas abençoadas três vezes,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">com força bem combinadas e a mais brilhante honra;</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">misturadas com magia e poderosas músicas,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">com bons encantamentos, runas para desejos."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(Abençoe a bebida água de fonte, chá ou cerveja preta com a runa Lago (L). Use uma taça de metal, ou melhor, um chifre)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Pão eu lhe trouxe, abençoado pela Sagrada Bruxa,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Milho do clã de Ask e Embla;</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Grãos que estavam moídos, presente à Deusa,</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pela terra e pelo fogo possam ser transformados."</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Verdana, sans-serif;">(Abençoe o pão de preferência de um bom centeio escuro com a runa Semente (J). Compartilhe o pão e a bebida, e coloque um pouco na tigela de oferenda)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Despedidas</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>"Heide, estes pagãos te agradecem</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Mais sábia das mulheres, brandindo a magia,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Deixe sua sabedoria dormir entre nós.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Até que de novo te invoquemos,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Sagrada HAG, nós lhe oferecemos nossas despedidas.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Fridhr ok farsæll! (hail and farewell)"</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora vamos agradecer aos Poderes que nos protegeram:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>"Nackar e Landvaettir e vind-alfar,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>todos vós que os nomes nós sabemos, e aqueles que desconhecemos;</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nordhri e Sudhri, Austri e Vestri.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Clã dos anões, nós nos despedimos de vós, com agradecimentos a sua bondade!</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Fridhr ok farsæll!"</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Abrir o Círculo</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>"Com o cajado sagrado eu faço o círculo,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>No sentido oposto ao sol o limite da proteção se desfaz;</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Este lugar à todo bom uso retorne,</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Deixe-nos com o lore que aprendemos."</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Referências</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">James Chisholm, "Seidhr Excerpts: Part I" Idunna 3:4, Yule, 1991</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">The Elder Edda, traduzida para o inglês por Lee Hollander (Universidade do Texas, 1986) e outras traduções</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jacob Grimm, Teutonic Mythology, Dover Books, 1966</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Kirsten Hastrup, Culture and History in Medieval Iceland, Oxford, 1985</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Snorre Sturluson, Heimskringla, Dover, 1990</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tacitus, Germania (The Works of Tacitus, Oxford translation), Harper & Brothers, 1873</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">por Diana L. Paxson</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">tradução de Cadu Garcia</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-22496992038619955832012-01-30T12:13:00.000-08:002012-01-30T12:13:16.094-08:00A Origem das Runas<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muito frequentemente nós nos deparamos com a (imprecisa) informação de que Odin teria criado as runas, embora nem mesmos os registros históricos confiram a ele esta posição. Em uma análise cuidadosa, vamos perceber que ela foi uma criação conjunta dos deuses, e que Odin teria tido acesso a todo o conjunto e conhecimento através de um auto-sacrifício.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Engraçado também perceber como alguns grupos conferem a Freyja essa autoridade, embora em toda a história não exista nada a corroborar com esta teoria. Mas como dizem que onde há fumaça, há fogo...</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: #134f5c;">"Apesar das Valquírias serem normalmente associadas à Odin, elas também são ligadas à deusa Nórdica Freya ("a Senhora"), a deidade da fertilidade pertencente à raça divina dos Vanir, a qual é nomeada como a líder. Freya e seu irmão de irmão de pênis avantajado Frey (que as vezes é representado com cornos) têm sido comparados no Oriente Médio aos deuses Baal e Asthoreth, O Senhor e A Senhora, as deidades da Bruxaria Tradicional. Freya é também conhecida como "A Rainha do Elfos" e como tal, tem sua função nos encantamentos, feitiços e magias, no shapeshifting ou "tremular" (transformação de forma), o envio do duplo ou "fetch" à viagem espiritual e à feitiçaria negra conhecida como seidr. <strong>É até mesmo dito que foi Freya quem ensinou o conhecimento oculto das Runas à Odin.</strong> Ela possui uma capa mágica de penas e ao vesti-la ela pode se fazer invisível ou transformar-se em um falcão que voa sobre a terra espionando os mortais. A deusa também é conectada às Disir ou "Avós Divinas", espíritos tutelares que podem ser comparados à trindade céltica das Matronae ou "Três Mães". Elas agem como espíritos guardiães e aparecem em sonhos para oferecer conselhos e avisos de perigo iminente. Estas entidades tinham a habilidade de prever a morte dos membros da família, podendo ser comparadas com as Banshee Irlandesas. Como espíritos femininos da morte, elas também se ligam com as Valquírias. A própria Freya é também uma deusa da morte porque Odin permite-a tomar um terço dos mortos, os poucos escolhidos, dos campos de batalha e ela os leva para o seu próprio reino feérico de Vanheim."</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
Vislumbrando a Hedgewitch<br />
Michael Howard<br />
The Cauldron Brasil - Edição XVI<br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Espero em breve colocar um artigo sobre o tema.</span></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-22128771411751578422011-12-03T19:00:00.000-08:002011-12-03T19:00:41.834-08:00Feitiçaria na Bruxaria Tradicional Eslava<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feitiçaria é um tipo de comportamento mágico cujo objetivo é criar uma mudança em uma direção determinada. É baseada na idéia de que a causa de doenças e outras coisas ruins que acontecem aos homens e ao gado são forças invisíveis ou pessoas com características demoníacas. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feitiços são feitos apenas por pessoas específicas, freqüentemente mulheres velhas, chamadas entre os Sérvios de <em><strong>bajalice</strong></em>; entre os Croatas de <em><strong>mole</strong></em> e <em><strong>lice</strong></em>; na Kotaria e Dalmatia, de <em><strong>vidigoje</strong></em>; na Macedônia de <strong><em>basmarici</em></strong>, <em><strong>bajalici</strong></em>, <em><strong>bajalki</strong></em>; na Bulgária de <strong><em>bajacki </em></strong>e <strong><em>basmarki</em></strong>; na Eslovênia de <em><strong>zagovarjalki</strong></em>; na Rússia de <strong><em>zagovoscici</em></strong>; etc. Aquelas que sabem causar o mal com feitiços são chamados na Sérvia de <strong><em>vracarice</em></strong>, <strong><em>vrazalice </em></strong>e <em><strong>cinjarice</strong></em>; em Monte Negro de <strong><em>madjionice</em></strong> e <em><strong>carovnice</strong></em>; na Croácia de <strong><em>coprnice</em></strong> e na Rússia de <em><strong>koldunje</strong></em>. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O conhecimento da feitiçaria é transmitido apenas dentro da família, dos mais velhos para os mais novos e, de acordo com as regras, a jovem feiticeira começa o seu ofício após a uma feiticeira mais velha se aposentar. Há meios comuns de transmissão do conhecimento da feitiçaria. Em alguns casos, os <em>bajalice </em>(feiticeiros, no plural) transmitem o seu poder antes da puberdade, enquanto que na Bulgaria, a velha <em>bajalica </em>(feiticeira, no feminino) cospe na boca da nova <em>bajalica</em>.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com os dizeres de algumas feiticeiras, elas começaram a fazer feitiços depois de uma ordem da Mãe de Deus, Santa Petka, das fadas etc, que apareceram a elas em sonhos ou durante um longo período de doença e lhes revelaram os caminhos da feitiçaria. Em algumas áreas (Leste da Sérvia, Banat, oeste da Herzegovina), a feiticeira, durante o feitiço, entra em um tipo de estado alterado de consciência (um transe) perdendo a consciência. Algumas pessoas acreditam que a sua alma, neste estado, está lutando contra um demônio ou doença ou visitando as fadas e pedindo a elas que dessem saúde ao doente. A feiticeira tem a obrigação de manter o segredo da feitiçaria e de sempre dizer a parte verbal do feitiço corretamente, mesmo que às vezes ela não a entenda. O feitiço (basma) é compreendido como um <em>"instrumento"</em> de um determinado tipo, que carrega o poder dos Tempos Antigos e cuja tarefa é trazer a harmonia de volta. A feiticeira freqüentemente faz o feitiço de uma maneira simbólica, criando um tipo de modelo paralelo, cuja condição existente, usando um procedimento mágico, o traduz em um outro estado desejado. De acordo com a tarefa, os feitiços podem ser categorizados em feitiços para cura, prosperidade ou vida social.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto à sua estrutura, os feitiços podem ter a forma de frases feitas, orações, súplicas ou um esquema mais desenvolvido e complexo. Para cada ocasião há um feitiço único, mas, em alguns casos, o texto de um feitiço pode ser modificado para cada ocasião ou feiticeira, simplesmente, improvisando. Durante o ato de feitiçaria, a bajalica usa alguns instrumentos que têm funções mágicas. Eles podem ser parte de uma mensagem não-verbal do feitiço ou ilustrações da intenção da feiticeira (geralmente expressada na forma de uma ameaça). O primeiro grupo consiste de: sal, ovos, farinha de trigo, objetos ligados ao fogo, partes de pessoas mortas, partes de alguns animais e plantas. O segundo grupo consiste de: instrumentos afiados (faca, machado, espinho, roca...), objetos com um cheiro forte (alho, incenso) e objetos de limpeza (vassouras).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma parte comum dos feitiços é o comportamento incomum dos participantes. Este comportamento é, de alguma forma, diferente do comportamento cotidiano, normal. Tem o caráter de um comportamento invertido (silêncio, ficar nu, cuspir, praguejar). Uma parte importante dos feitiços é arrastar objetos, tomar medidas etc. Os feitiços são feitos em um determinado tempo e local. Alguns feitiços são feitos durante a lua cheia, outros durante a lua crescente. O dia da semana também é de alguma importância (muitas vezes os feitiços são feitos na quarta-feira, sexta-feira ou domingo). A hora do dia também é importante (é escolhida alguma hora fronteiriça, como de manhã logo antes da aurora, à noite imediatamente após o pôr-do-sol e vários feitiços são feitos no meio da noite).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lugares especialmente marcados com algum tipo de importância ritual são freqüentemente escolhidos para a feitiçaria. Estes lugares representam a fronteira entre o espaço comum e incomum, tais como a lareira, soleira da porta, telhado, cerca etc. Lugares fronteiriços entre a terra e a água podem ser usados para feitiçaria (fontes, rios, nascentes, moinhos d'água, pontes...). Lugares "sujos" tais como chiqueiro e cemitérios também são usados. Lugares com algum tipo de linha vertical constantemente presente (chaminé, pedras erguidas, árvores...) também são usadas para estas atividades.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em alguns exemplos, os métodos eslavos de feitiçaria têm sido influenciados pela literatura mágica (orações apócrifas, maldições, fórmulas mágicas). Há três linhas de influência: Visantina (via língua grega), Romano-Germânica (via latim e alemão) e muito pouca influência da linha Islâmica-Árabe (via turco e árabe). As formas mais arcaicas de feitiçaria estão presentes entre os eslavos da área das Balcãs e no Norte da Rússia.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fonte: Dictionary of Slavic and Serbian Folklore and Mythology, por vários autores.<br />
Tradução: Gabriel Meissner.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-29984785257531192742011-12-03T18:21:00.000-08:002011-12-03T18:21:19.052-08:00Os Muitos Nomes de Odin<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os nomes do deus são encontrados em nórdico arcaico (ou Old Norse) Óðinn (Saxo Grammaticus, latinizando escreve Othinus), no germano Wotan e no primitivo germânico sob a forma de Wodanaz, no gótico, Vôdans, no dialeto das ilhas Feroé (nas costas da Noruega), Ouvin, no antigo saxão, Wuodan, no alto alemão, Wuotan, enquanto que entre os lombardos e na região da Vestefália aparece Guodan ou Gudan, e na Frísia, Wêda. Nos dialetos dos alamanos e borgundos temos a expressão Vut, usada até hoje no sentido de ídolo. Essas denominações estão ligadas pela raiz, no nórdico arcaico, às palavras vada e od, e, no antigo alto alemão, a Watan e Wuot, que significavam a princípio razão, memória ou sabedoria. Mais tarde tornaram-se equivalentes a tempestuoso ou violento, sentido que os cristãos faziam empenho de acentuar, procurando depreciar a figura do deus pagão.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fonte: Georg von Rosen - Oden som Vandringsman (Odin, o Viajante), 1886.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-11926559573558232762011-08-03T13:39:00.000-07:002011-08-03T13:39:25.500-07:00Os Enteógenos do Norte<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"></span><b><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">O Uso dos Enteógenos pelas Tradições do Norte</span></b><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">O neologismo <i>“enteógeno”</i>, segundo o antropólogo Edward MacRae, deriva do grego antigo <i>“entheos”</i> que significa <i>“deus dentro”</i>; e significaria portanto <i>“o que leva o divino para dentro de si”</i>. É um termo comumente usado para se referir a plantas ou fungos com capacidade para alterar a consciência e percepção. </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Os enteógenos são usadas na bruxaria a mais tempo do que possamos imaginar, por praticantes experientes ou sob devida orientação. Diferentemente das plantas narcóticas (que levam o usuário à uma realidade exterior não existente) e alucinógenas (que levam o usuário a perceber o ambiente ao seu redor a partir de sua própria Sombra(1) e então formar conexões com ele), as plantas enteógenas levam o usuário a um encontro consigo mesmo, fazendo com que olhe para dentro de si.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">As plantas de poder são <i>“instrumentos”</i> sagrados nas mãos de sábios e experientes feiticeiros, e os auxiliam na busca por respostas. Utilizadas dentro de um contexto ritualístico, elas possuem a habilidade de levar o bruxo a uma jornada de encontro com sua verdade interior.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Como todo alterador de consciência, é utilizado com cuidado e responsabilidade. Embora estudos recentes possam apontar os efeitos mais comuns, indivíduos diferentes respondem de maneiras diferentes(2). E todos os ricos são considerados por qualquer Magister antes de oferecer o Cálice aos seus irmãos.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Nas práticas mágicas da Escandinávia Medieval, por influência do xamanismo norte-euro-asiático, temos relatos/indícios do uso das seguintes plantas e fungos:</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: claviceps purpurea</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: psilocybin mushrooms </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: psilocybe semilanceata</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: stropharia spp. </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: banisteriopsis spp. </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: amanita muscaria </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: atropa belladonna </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">:: hyoscyamus niger</span></div><br />
<br />
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">Notas:</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">(1) Eu Interior, Mente Profunda.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">(2) Isto também diz respeito a questão do vício, embora acredita-se que os enteógenos não causem dependência. Talvez, devido também ao seu uso sacro não rotineiro e a observância dos mais velhos.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-85144343664454089612011-07-29T19:17:00.000-07:002011-07-29T19:17:13.324-07:00Gefjon<div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">Gefjon, Gejfun, Gefion, Gefiun, Gefinn, Gefn. A Doadora.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">A história desta deusa começa quando Snorri escreve no <b><i>Gylfaginnig </i></b>(considerado o prólogo de sua obra), que a deusa disfarçada de mendiga, teria a mando de Wotan visitado o rei Glyfi, da Suécia, para conseguir terras para morar. </span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">O rei teria dito que a ela pertenceria a porção de terra que conseguisse arar em uma noite e um dia. Gejfion então traça seu plano. Ela se dirige a terra dos gigantes, Jotunheim, e lá se deita com um deles, do qual engravida e dá a luz a quatro filhos - os quais ela transforma em seus bois. Com eles, arou o solo da Suécia. Os sulcos de seu arado foram tão profundos que o mar penetrou a terra, separando parte dela, fazendo assim surgir a ilha dinamarquesa de Sjælland (Seeland, Zelândia), onde foi construída Leire(1), a sede dos reis e de seu santuário. Do outro lado, no vazio que ficou, surgiu o lago Mälaren.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">A <i><b>Edda </b></i>cita Gefjon como sendo uma deusa Asen (uma Ásynja/Asynjor), o que pode causar algum espanto, uma vez que os aspectos que ela rege estão mais frequentemente associados com os Wanen.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">Na <i><b>Ynglinga saga</b></i>, é dito que ela se casou com Skjöldr (Scyld), o deus-rei filho de Odin, que teria aportado nas terras dinamarquesas levando paz e prosperidade. Desconfia-se que o nome da antiga capital, Roskilde, seja uma homenagem a ele.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">Na <i><b>Lokassena</b></i>, Loki a acusa de ter, assim como Freyja, se prostituído em troca de um colar. Ela teria se deitado com um “garoto branco”(2), que alguns estudiosos sugere ser o próprio rei Gilfy – o colar, portanto, como um kenning para a terra a qual ela se prostitui em troca da permissão de arar. Alguns outros estudiosos, no entanto, que tal jovem possa se tratar do deus Heimdall.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">Ainda na <b><i>Lokassena</i></b>, é dito por Odin que a deusa conhece todos os ørlög, e por esse atributo, ela é freqüentemente confundida com Frigg - mas seguramente, são deusas distintas. É dito que Gefjon era servida por virgens, e que as almas das mulheres que assim morressem estavam sob seus cuidados, mas a virgindade da própria deusa é contestada e contraditória nas antigas fontes.</span></div><div style="color: black; text-align: justify;"><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /></div><div style="color: black; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Em Copenhagen, na Zelândia, uma e</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">státua-fonte foi erguida em sua homenagem, a quem a</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> tradição atribui a origem da dinastia real da ilha e da Dinamarca.</span></div><div style="color: black; text-align: justify;"><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /></div><div style="color: black; text-align: justify;"><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /></div><div style="text-align: justify;"><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">Notas:</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">(1) Em geral, <i>“branco”</i>, <i>“alvo”</i>, <i>“pálido”</i> são atributos designados aos gigantes do gelo, que são frígidos e inexpressivos como o inverno. Isto está no <i><b>Skirnismál</b></i>, quando Snorri descreve a giganta Gerdr e sua natureza <i>“branca”</i>, <i>“pálida”</i> e <i>“inexpressiva”</i>. Por este motivo, o <i>“garoto branco”</i> citado por Loki provavelmente é uma referência a Gylfi, o rei gigante.</span><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif;">(2) Leire é a região de dinamarquesa de Illerup Adal, segundo o historiador alemão Thietmar de Merseburg e Nigel Pennick.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-23857661390610694432011-07-29T13:53:00.000-07:002011-07-29T14:01:09.263-07:00Nerthus<!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267"> <w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/> <w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">Para os antigos povos germânicos, Nerthus era uma deusa associada com a fertilidade. Em Germania, o historiador romano Tacitus a identifica como a <i>“Mãe Terra”</i>. Jacob Grimm a identificou através de muitos outros nomes, como Erda, Erce, Fru Gaue, Jörd, Fjörgyn, Frau Holda e Hluodana, entre alguns outros ou derivações destes. Sem sombra de dúvidas, era uma divindade popular a muitas das tribos germânicas.</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">Acredita-se que seu santuário ficava localizado em uma ilha no Mar do Norte (provavelmente, a Dinamarca). Lá, em um bosque sagrado, ficava a sua charrete, a qual era puxada por duas novilhas durante a sua procissão anual na primavera. Nela era colocada uma estátua da deusa, coberta com tecido. Somente ao seu sacerdote era dado o direito de tocá-la, e somente ele sabia o exato momento em que a própria deusa estava presente na charrete. Ele então a conduzia até um lago sagrado no continente, e durante este percurso, por onde quer que a charrete da deusa passasse, não podia haver guerra, lutas ou conflitos, e todas as armas eram postas de lado, uma vez que Nerthus exigia paz e tranqüilidade para poder presentear o povo com suas bênçãos de prosperidade.</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Ao chegar ao lago, sua charrete e a própria deusa eram lavadas por escravos que, terminado o serviço, eram ali mesmo afogados, uma vez que o direito de ver sua face era dado somente (com exceção de seu sacerdote) aqueles que agonizavam para morrer.</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Os Sacrifícios à Nerthus</span></b><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Como exposto anteriormente, sacrifícios através do afogamento eram dedicados à Nerthus. Especula-se que ela possa ser a mais antiga deusa germânica. Estima-se que seu culto sacrificial teve inicio durante a Idade do Ferro – com certeza um culto Vanir, um culto da natureza, de vida e morte, com sacrifícios para pedir a abundância na maioria dos casos.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Em 1952, o corpo de uma menina de 14 anos foi encontrado numa sepultura rasa, numa turfeira em Schweslig, Dinamarca. Ela havia sido levada para o local nua e vendada, e tinha sido afogada em cerca de 20 polegadas de água. O crime não era recente. Ele ocorreu na Idade do Ferro, durante o primeiro século da nossa era, período em que, como exposto, acredita-se já existir um culto à deusa Nerthus. O corpo da menina, como centenas de outros, havia sido perfeitamente preservado pela estranha propriedade química do pântano. </span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">A menina, como o Homem de Grauballe (encontrado com sua garganta cortada) e o Homem de Tollund (encontrado com um laço de couro em torno do pescoço) foram todos mortos como sacrifício à divindade feminina, vítimas de ritos de fertilidade. Os praticantes desse antigo culto na Escandinávia e no norte da Germânia usavam colares no pescoço ou garrotes para mostrar sua subserviência à deusa. Algumas vítimas masculinas eram estranguladas ou enforcadas. Um laço ou corda era freqüentemente colocada em volta do pescoço da vítima masculina, independente do modo como seria morta. A corda, laço de couro ou garrote, era simbólico das vítimas da deusa – como descrito na página 60 de The Bog People, do prof. P. V. Glob: “O homem morto havia sido trazido para a turfeira nu, exceto pela corda em volta do pescoço”.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Os corpos nus encontrados nos pântanos dinamarqueses indicam sacrifício por afogamento. O uso de cordas e amarras dentro de alguns ritos se deve principalmente, antes de qualquer função prática, ao seu simbolismo. Amarras, cordas, foicinhos e o garrote era considerado seu símbolo, por feiticeiras que mantiveram seu culto após a chegada dos deuses Asen no norte da Europa. Mais tarde, veio a se tornar um modo de sacrifício também dedicado a Nerthus.</span><br style="font-family: Verdana,sans-serif;" /><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Enquanto que a morte por afogamento está associada à deusa (assim como o sepultamento), o enforcamento era uma prática mais recente, primeiro associada à Odin (assim como a morte por destroçamento), e somente posteriormente associada à Nerthus. </span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-80857326505392670432011-07-29T09:32:00.000-07:002011-07-29T11:18:00.793-07:00Thule: O Continente Mágico<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0qj6IoVD7oHwiHSAnAAYVGwIiRek0PrdQcjbvuLbW4WXf3uk7B27uNCd2QE1CfHlQk-aCFLyH02nJIAsoORdiTs9zyT3kCwWshEucwJkKGGZP-rIGRm6tP01zN2449kqOUwFJqElRIo-W/s1600/Thule.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0qj6IoVD7oHwiHSAnAAYVGwIiRek0PrdQcjbvuLbW4WXf3uk7B27uNCd2QE1CfHlQk-aCFLyH02nJIAsoORdiTs9zyT3kCwWshEucwJkKGGZP-rIGRm6tP01zN2449kqOUwFJqElRIo-W/s400/Thule.gif" width="400" /> </a> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b>Hiperbórea e Atlântida<br />
Hiperbórea e a “Raça de Cristal”<br />
<br />
Tule</b> </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Em um plano simbólico e tradicional, Tule está para a tradição germânica assim como estão, para outras mitologias, lendas ou religiões, o Jardim das Hespérides, a terra de Avalon, o Meru indiano ou o Paraíso Terrestre.<br />
<br />
Continente pretlante, Tule teria sido o primeiro centro mágico do qual, muito mais tarde, os Hiperbóreos e os Lemurianos foram os longínquos descendentes. Isso quer dizer que a legendária Tule preexiste à Atlântida e mesmo ao continente de Mû, confundindo-se com o próprio centro primordial. Segundo essa tese, há centenas de milhares de anos, em um local considerado então como sendo o pólo Norte (atual Pamir) de nosso globo, teria sido instalada uma colônia de mestres iniciadores, de origem extraterrestre (os <i>“homens de cristal”</i>). Desse lugar polar, uma hierocracia de homens saídos da descendência dos <i>“homens transparentes”</i> estabeleceu o equilíbrio das forças universais. Tule aparece assim como o catalisador da energia psíquica de uma comunidade que age por repulsão sobre o curso dos astros e das estrelas, evitando de tal modo certas catástofres cósmicas e prolongando ao infinito a existência da civilização. Sua benéfica influência se confundia na tradição com a Idade de Ouro... até no dia em que um terrível cataclisma riscou o continente mágico da superfície de nosso planeta. <br />
<br />
Durante um longo período de <i>“pré-história”</i>, a Terra foi testemunha de múltiplas tentativas de restabelecimento parcial desse estado primordial desaparecido (lembremo-nos de Mû), do qual a Hiperbórea é um dos mais antigos vestígios. <br />
<br />
Por essa ocasião, a Tradição confundiu geográfica e historicamente Hiperbórea e Tule, de que fez ao mesmo tempo a capital da terra <i>“Além do Gelo”</i>. Não é também impossível que o nome de Tule, por referência ao primeiro continente, tenha sido dado a uma cidade da nova terra, o que poderia explicar a concordância das lendas a tal respeito. <br />
<br />
<br />
<b>Hiperbórea </b><br />
<br />
Tanto Hiperbórea como Atlântida são nomes que cantam aos ouvidos, evocando regiões paradisíacas situadas além dos gelos polares, ou cidades faustuosas governadas pelos reis-pontífices de Poseidon.<br />
<br />
Entretanto, terão realmente existido esses continentes <i>“míticos”</i>, além das lendas que contêm certamente um fundo de verdade? Eis uma questão que devemos considerar, já que é verdade que várias correntes da tradição se ligam para evocar esses países afortunados, amados dos deuses, que são, no Ocidente, o reflexo solar de nosso mais longínquo passado.<br />
<br />
Enquanto Mû saiu, com efeito, das tradições americana e extremo-oriental, Hiperbórea e Atlântida pertencem propriamente à tradição ocidental e indo-européia.<br />
<br />
O próprio nome Hiperbórea significa <i>“Além de Bóreas</i></span><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">”</span></i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> (o Vento do Norte), isto é, no extremo-norte. É de admirar que os antigos, que não ignoravam os efeitos do frio sobre o clima e a vegetação, tenham situado essa região <i>“paradisíaca”</i> na região circumpolar nórdica.<br />
<br />
As mais antigas lendas referentes à ilha mágica situada entre a Islândia e a Groenlândia, estendendo-se talvez até a Inglaterra e a Irlanda, nos vêm dos Gregos.<br />
<br />
Heródoto assinala por seu lado a existência de Hiperbórea - <i>“Ilha de Gelo situada no Grande Norte, na qual viveram homens transparentes”</i> (alusão à primeira Tule?) -, bem como o fazem também Plínio o Velho, Diodoro de Sicília e Virgílio. Em <b><i>Medeia</i></b>, Sêneca faz esta predição:<br />
<br />
</span></div><div style="text-align: right;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“Nos séculos futuros hora virá</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Em que se descobrirá o grande segredo mergulhado no Oceano</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Reencontrada será a poderosa Ilha.</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Tétis novamente revelará o País</span></i><br />
<div style="text-align: right;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">E Tule, desde então, não será mais a região de extremidade da Terra.”</span></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> <br />
</span></div><div style="text-align: right;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Na mitologia grega encontram-se reminiscências idênticas, testemunhando essa nostalgia da <i>“Terra do Sol Eterno”</i> à qual se dirigia todos os anos o deus Apolo, em seu carro puxado por um cisne, Além do deus Bóreas, Senhor do frio e das tempestades. <br />
<br />
A lenda do Tosão de Ouro, por sua vez, parece ter a mesma origem: todos conhecemos por meio de Hesíodo e de Homero a expedição dos Argonautas, conduzida por Jasão, partindo à conquista desse famoso tesouro situado na Cólquida.<br />
<br />
Leonardo da Vinci fala de modo muito misterioso do Cáucaso e do monte Taurus, que são ligados em seu espírito à tradição hiperbórea. Ele escreve no <b><i>Codex Atlanticus</i></b>: <i>“O cimo de pedra muito branca do monte Taurus resplandece nas trevas, a sua sombra se estende até os montes hiperbóreos”</i>.<br />
<br />
Mais perto de nós, Helena Blavatsky, a eminente fundadora da Sociedade Teosófica, vê também na lenda helênica o reflexo de uma antiqüíssima tradição:</span><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“Tal será o nome (Hiperbórea) escolhido pelo segundo continente, a terra que estendia seus promontórios ao sul e ao oeste do pólo Norte, para receber a segunda raça que englobava tudo o que se chama atualmente Ásia do Norte....</span></i></div></div><div style="text-align: right;"><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Entretanto, do ponto de vista histórico, ou, melhor talvez, do ponto de vista etnológico e geológico, a significação é diferente. A terra hiperbórea, a região que se estendia além de Bóreas, o deus de coração gelado, o deus das neves e tempestades, que gostava de dormir profundamente sobre a cadeia do monte Ripaeus, não era uma região ideal, como julgavam os mitólogos, nem mesmo uma região vizinha da Cítia ou do Danúbio. Era um continente real, uma terra “bona fide” que não conhecia o inverno nessa época primitiva e cujos tristes restos só têm atualmente uma noite e um dia durante o ano. As trevas noturnas nunca se abatiam sobre essa terra, diziam os gregos, porque era a “terra dos deuses”, a morada favorita de Apolo, o deus da luz, e porque seus habitantes eram seus sacerdotes e seus servidores bem-amados. Isso pode ser considerado como uma ficção poética, atualmente, mas naquela época era uma verdade poetizada.”</span></i></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b><i>A Doutrina Secreta</i></b>, Paris, 1904, t. 3, página 910.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Podemos supor então que em tempos muito antigos, bem anteriores à antiguidade clássica, há várias dezenas de milhares de anos, estendia-se um continente existente no Grande Norte, em alguma parte entre o Labrador e a Islândia. Grande ilha de gelo cercada de <i>“altas montanhas transparentes como o diamante”</i>; a Hiperbórea não era, contudo, glacial.</span><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“No interior da região reinava um doce calor onde se aclimatava perfeitamente uma vegetação verdejante. As mulheres eram de indescritível beleza. As que eram nascidas em quinto lugar em cada família possuíam extraordinários dons de clarividência.”</span></i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Essa descrição do clima e da vegetação polares nada tem de inverossímil, já que foram encontradas no Spitzberg grandes jazidas de carvão, fósseis de grandes florestas do quaternário. Roger Vercel descreveu com emocionante exatidão o que poderia ter sido essa região, tem tempos extremamente recuados:</span><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“Árvores gigantes moviam suas amplas frondas sobre a Groenlândia e o Spitzberg. Sob um sol de fogo, a profunda vegetação dos trópicos enchia-se de seiva, nos locais onde atualmente vegetam liquens raros. Fetos arborescentes misturavam-se às cavalinhas gigantes, às palmeiras do terciário, àslianas da selva ártica.”</span></i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Como explicar tão brusca mudança do clima, a não ser por um desequilíbrio da Terra sobre seu eixo, modificando em pelo menos 25º a localização dos pólos? Nessa época hiperbórea, o pólo do frio jazia sem dúvida perto de Paris... ou em qualquer parte da Europa Oriental, e o paraíso terrestre se estendia ao extremo norte das ilhas boreais.<br />
<br />
Os celtas, os vikings e os germânicos conservam a lembrança de Tule (capital Hiperbórea) como de um verdadeiro Éden, análogo ao país do Outro Mundo da Demanda do Graal... <i>“Além dos mares e das Ilhas Afortunadas, além das brumas espessas que guardam o seu acesso”</i>, nesta ilha <i>“onde os hiperbóreos detêm todos os segredos do mundo”</i>.<br />
<br />
Os germânicos foram os que, mais que quaisquer outros, guardaram a lenda de Tule. Sobre ela fundaram seu culto pagão e suas aspirações políticas ocultas até o coração do século XX.<br />
<br />
Esse mito nunca se enfraqueceu. Ele inspirou o <b><i>Fausto</i></b> de Goethe e o <i><b>Parsifal</b></i> de Richard Wagner. <b><i>A Balada do Rei de Tule</i></b>, escrita por Goethe, e traduzida por Gérard de Nerval em versos franceses, tem um sentido esotérico que não escapa aos tradicionalistas:<br />
<br />
<br />
</span></div></div></div><div style="text-align: right;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Havia um rei de Tule</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">A quem sua amante fiel</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Legou, como lembrança,</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Um cálice de ouro cinzelado.</span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Era um tesouro cheio de encantamentos</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Onde seu amor se conservava.</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Cada vez que nele bebia</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Seus olhos se enchiam de lágrimas.</span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Vendo chegarem seus últimos dias,</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Ele dividiu sua herança,</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Mas excluiu da partilha,</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">O Cálice, sua lembrança tão cara.</span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Á mesa real</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Fez assentarem-se os barões em sua torre;</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">De pé e enfileirada em torno</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Brilhava sua nobreza leal.</span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Sob o terraço rugia o mar.</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">O velho rei levantava-se em silêncio,</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Bebe, estremece, e com a mão arremessa</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">O Cálice de ouro à onda amarga!</span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Viu-o voltear na água negra;</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">A onda, ao abrir-se, fez uma dobra;</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">O rei inclinou-se a fronte pálida:</span></i><br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">E nunca mais o viram beber.</span></i></div><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
<br />
Esses versos relacionam-se com o mito do Graal, ligado assim à Tradição Primordial. O Graal, ora concebido como o cálice que recolheu o sangue de Cristo, ora como um vaso contendo o elixir da imortalidade, é, na verdade, um símbolo eterno, um arquétipo ligado aos mais antigos mitos. Sua origem mais remota é certamente bem anterior ao cristianismo, e parece pertencer com efeito à <i>“lendária”</i> Tule(1), santuário celestial do Graal. Desse ponto de vista o Santo Cálice poderia ser – entre outras concepções – o reflexo da arcada estrelada do céu, tomando a aparência de uma meia esfera, como se sabe. Assim o Graal seria o princípio solar percorrendo o <i>“Círculo de Ouro”</i> do zodíaco ao longo de sua trajetória anual. Antes de se materializar com a forma de um objeto (cálice de esmeralda ou tábuas de pedra) entre os nórdicos e os celtas, esse símbolo encerrava assim um segredo ligado à ordem cósmica, à vida do universo, possibilitando talvez o domínio de energias prodigiosas emanadas do logos solar. <br />
<br />
Aqui intervém a noção de raça primordial, portadora de uma espiritualidade transcendente. É a essa <i>“humanidade divina”</i> que se refere a lenda do Apolo hiperbóreo já anteriormente evocada, fazendo dos povos desse continente desaparecido uma raça límpica, contemporânea da idade solar ou Idade de Ouro da humanidade, caída em seguida em uma decadência cíclica.<br />
<br />
Essa raça ártica ou do arco (arco-íris) vê sua existência ligada à de um centro metafísico definido pelo símbolo da swastika, este emblema do <i>“rei do mundo”</i>, presente na cidade santa e oculta do Agartha. O nazismo – ao que parece muito erradamente – retomou por sua conta esse mito da tradição primordial, recuperando os mais antigos símbolos. O exemplo mais notável é o da Sociedade de Tule, sociedade secreta que se encontrava na origem da entrada em cena de Adolfo Hitler(2).<br />
<br />
Ainda que pareça estranho, foi um francês, Fabre d’Olivet, que, no início do século XIX assumiu a responsabilidade de atribuir à raça branca uma origem polar e boreal – declara ele em sua obra <b><i>Histoire Philosophique du Genre Humain</i></b> (Tomo I, pág. 82):</span><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></i><br />
<br />
<i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“Pretendo encarar apenas a raça branca, à qual pertencemos, a esboçar sua história desde a época de seu último aparecimento nos arredores do pólo Boreal... é certamente muito difícil dizer a que época a raça branca ou hiperbórea começou a se reunir em certas formas de civilização, e ainda menos em que época mais recuada ela começou a existir.” </span></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
Por seu lado, o esoterista Julius Evola retoma esse tema hiperbóreo quando declara: <i>“A localização do centro ou sede original da civilização olímpica do centro de outro em uma região boreal ou nórdico-boreal, que se tornou inabitável, corresponde a um outro ensinamento tradicional fundamental...”</i>(3).<br />
<br />
</span></div><div style="text-align: right;"><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">“O centro hiperbóreo regeu, entre outras denominações que sem seguida se aplicaram, por conseguinte, ao centro atlântico, a de Tules, de ilha branca oudo “esplendor” – o svetatvipa hindu, a ilha grega de Leuké – de “semente original da raça ariana” – aryanem vaêjo – de Terra do Sol ou “Terra de Apolo”, de Avalon. Em todas as tradições indo-européias há recordações que estão de acordo quando falam do desaparecimento dessa terra, que em seguida se tornou mítica, em relação com um congelamento e um dilúvio.”</span></i></div><br />
<span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><i><b>Lê Mystère du Graal et l´idée Impériale Gibeline</b></i>, Éditions Traditionnelles, Paris, 1967, págs. 33-34.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
A tradição diz, com efeito, que o continente hiperbóreo sofreu, a um determinado momento histórico, um brusco resfriamento ligado a uma catástrofe sem precedentes. Já evocamos a hipótese de um gigantesco choque dado em nosso planeta por um enorme asteróide, ao que tudo indica. A partir dessa possibilidade, o sábio austríaco Horbiger – tão admirado por Hitler – deveria desenvolver sua teoria de luas sucessivas, a ultima das quais teria vindo se esmagar sobre a terra, modificando o eixo dos pólos.<br />
<br />
De qualquer modo, a tradição hiperbórea se perpetuou, e, antes de desaparecer, a raça ártica passou o archote do conhecimento à Atlântida, prolongamento meridional – e como seu nome indica <i>“atlântico”</i> – da Terra Boreal.<br />
<br />
Ainda que cheguemos a apagar de nossa lembrança a fabulosa Hiperbórea, a agulha imantada da bússola lá estaria, como um dedo trêmulo indicando incansável e silenciosamente, a direção do Norte. O mistério de nossas origens talvez esteja mergulhado sob a espessa camada de gelo da Groelândia.<br />
<br />
<br />
<br />
Notas:<br />
<br />
(1). O<b><i> Livro de Enoch</i></b> (Bíblia) apresenta a raça hiperbórea como descendente das <i>“inteligências de fora”</i> (cap. CVI-CVII), e descreve um habitante: <i>“Sua carne era branca como a neve e vermelha como a flor da rosa...”</i>.<br />
<br />
(2). Nessa teoria dos nazistas, a Hiperbórea seria a pátria original dos <i>“arianos louros de olhos azuis”</i>, dos <i>“super-homens”</i>, detentores dos segredos divinos, possuidores do Graal, desses gigantes evocados pelo <b><i>Livro de Enoch</i></b> como seres de cabelos brancos e de corpos transparentes.<br />
<br />
(3). René Guénon já relacionava a tradição primordial à Hiperbórea quando escrevia: <i>“Não é de modo algum apesar de nosso hinduismo, mas, ao contrário, por sua causa, que consideramos a origem das tradições como nórdica, e mesmo mais exatamente como polar, já que isso é expressamente afirmado no Veda, tanto quanto em outros livros sagrados. A terra onde o Sol fazia a volta do horizonte sem se deitar devia ser com efeito situada bem perto do pólo, ou mesmo no próprio pólo; foi também dito que mais tarde os representantes da tradição se transportaram para uma região onde o dia mais longo era o dobro do dia mais curto, mas isso já se refere a uma fase posterior, que, geograficamente, nada mais tem a ver com a Hiperbórea.”</i> (René Guénon: <b><i>Forme Traditionel et Cycles Cosmiques</i></b>, Gallimard, 1970).<br />
<br />
<br />
<br />
Fonte: ANGEBERT, Jean-Michel. O Livro da Tradição. São Paulo/São Paulo: Difel Difusão Editorial S.A., 1976, p. 30-38.</span></div></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;"><span lang="EN-US"></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7713674694526839111.post-29858821991960772062011-07-28T18:36:00.000-07:002011-07-28T18:36:11.018-07:00Sobre o Blog<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">Meu objetivo é que neste espaço possa falar um pouco a cultura germânica, com ênfese na arte e tradições religiosas. O conteúdo da Hexenheim é paralelo e complementar ao multiply de mesmo nome, e tende a unir o conhecimento acadêmico ao dos praticantes das antigas Tradições. Sem maiores pretensões, fornecer informações básicas e de bom conteúdo para interessados na área.<br />
<br />
Willkommen!</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Sejam bem vindos! </span></div>Unknownnoreply@blogger.com0